quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Uma ânsia sem vomito

 Dia bom é mais um em meio a solidão 

De acordar sozinho, em meio a tanta ilusão 

Meu coração reclama o prêmio azedo

Mas meu pé não me ouve e segue em outra direção 

Por vezes sou meio, tentando ser inteiro

Coragem ou medo, é tudo emoção.


Quando os dedos já não são mais capazes 

De satisfazer suas costas com massagens 

Sobra só um corpo vão 

De uma mente quase sã 

Mais um louco no divã

Tentando parecer satã ou Sadam;


Na barriga ecoam as mágoas 

Borbulham as águas 

E resta somente a dúvida 

E nesta semente púrpura 

Jogada sem ser rastelada 

Plantou uma pessoa amarga 

Que não ri por nada 

Que finge dar risada 

Pra amortecer a dor 

Pra reviver Senhor

Tentar te ver quando se pôr 

Quantas vezes eu disse fica amor? 

Nenhuma. 

Quantas vezes eu achei que ia dar certo?

Só uma.

Nessa história inacabada 

De um quase conto de fadas

Resta só uma página 

A vida meio ingrata 

Nos deixou de mãos atadas

E nois pra variar não fizemo nada


A conveniência da preguiça 

Te faz querer ser omissa 

Age sem pretexto ou premissa

Pra que sua vontade seja uma conquista 


Mas o desfecho já sabe qual é 

Jesus, Buda, Maomé 

O que tem em comum?

Tão tudo morto, enterrado 

Transcenderam no lugar errado 

Viveram contra os fatos 

Mas não mudaram nada 

Fome, ganância e miséria ainda existem 

Então o bem dissipou na maldade 

Faltou ser de verdade 

Agir com hombridade 

Mas os nego se preocupa com vaidade 

Esquece de quem passa fome

E ainda cospe no prato que come 

Pra não sobrar resto, 

Mas enchem o prato pra ir de testa 

Que vida é essa ?

Não faz uma pá nois 

E vem dizer que eu não presto?!



Lanlon, 03 de Fevereiro de 2017


 


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